segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Por: Nathália Barros Foto: Giuliano Lopes
Coral da ALMS lança CD nesta terça-feira no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo.
Quem canta seus males espanta, defende o ditado popular. E para quem ainda duvida, Maria Ana é a prova viva.
Há dez anos, a servidora pública aposentada enfrentava o ápice da depressão. “Não conversava com ninguém, era muito triste. Tudo era sem graça e meus problemas eram predominantes”, ressalta.
Foi justamente nessa época que Maria Ana, trabalhando como copeira na Assembleia Legislativa, conheceu um projeto, ainda embrionário, que começava a ser desenvolvido pela diretora geral de recursos humanos da Casa de Leis, Marlene Figueira.
“Pode parecer até piegas, mas o coral mudou a minha vida. Para mim, realmente foi um divisor de águas. Deixei de consumir os antidepressivos. Hoje sou alegre, converso com os outros, consigo interagir. Mas, o melhor é que as mudanças não foram sentidas apenas no ambiente de trabalho. Minha família já não é mais a mesma. Somos muito mais felizes”, comenta Maria Ana, dizendo ainda que o coral fez com que ela se sentisse mais valorizada no emprego.
Sentimento bastante semelhante ao de Ângelo Montanher Neto. Trabalhando no setor de recursos humanos da Assembleia Legislativa há 30 anos, ele é um dos primeiros integrantes do projeto.
O funcionário público lembra que antes do coral não se atrevia a cantar sequer no banheiro. “Minha esposa até estranhou quando disse que iria participar de um coral. Me lembro como se fosse hoje. Ela me disse: 'mas você nem sabe cantar'. Tive que concordar, mas achei que a ideia de integrar pessoas de diferentes setores do Poder Legislativo seria interessante”, recorda.
Hoje, após dez anos no coral, Ângelo garante que a iniciativa só provocou benfeitorias em sua vida. “Eu tinha um problema de rouquidão que foi extinto com as aulas de técnica vocal, sem contar as amizades que conquistei”.
Para Marlene Figueira, coordenadora do coral, os relatos são a recompensa do empenho ao projeto. “Para mim não há nada mais recompensador do que ver um projeto, que surgiu de forma despretensiosa, mudando a vida dos servidores”, revela.
CD - Em celebração aos 10 anos do coral, o grupo comemora uma nova conquista: o lançamento do CD “Vozes de Mato Grosso do Sul”, o primeiro do grupo.
“Foi um trabalho realizado com muito esmero. As gravações aconteceram durante um ano. Buscamos o melhor de cada um dos integrantes, para apresentar um material de muita qualidade. Quanto às músicas, mesclamos bastante”, conclui Marlene, ressaltando que os ouvintes poderão conferir desde os clássicos da música brasileira como “Aquarela do Brasil” até músicas tradicionais de Mato Grosso do Sul, valorizando a cultura regional.
“Mas é importante lembrar que esse trabalho não recebe o mérito de uma pessoa, isoladamente. Todos os envolvidos contribuíram diretamente, desde os coralistas ao presidente da casa de leis, deputado estadual Jerson Domingos, e o deputado Londres Machado, que sempre apoiaram e defenderam a iniciativa”, acrescenta a diretora geral de recursos humanos.
O lançamento do CD acontece às 19h30 desta terça-feira (5/11) no auditório Manoel de Barros, no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo. A entrada é 1 kg de alimento não perecível.
A coordenadora do projeto garante que os espectadores irão conferir uma apresentação diferente do coral. “Contaremos com a participação de artistas regionais extremamente talentosos como o violonista Marcelo Loureiro, os cantores Jerry Espíndola e Ligia Mourão, além do Grupo Acaba e o Grupo de Dança Camalote”.
O Coral - O Coral dos servidores da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul foi instituído no dia 15 de dezembro de 2004, por meio do Ato 054, da Mesa Diretora, na gestão do deputado Londres Machado (PR), sendo publicado no Diário Oficial 6.388, de 16 de dezembro de 2004.
Regido pela maestrina Telma Cristina Serrou Pimentel, sob a coordenação de Marlene Figueira, o coral possui estilo popular e o repertório é composto por músicas populares brasileiras, folclóricas, regionais, sacras, natalinas, clássicas e cívicas.
Atualmente, 45 integrantes integram o grupo, entre cantores, tecladista, violonistas e percussionistas.
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